Entrevista à Dr.ª Lara Antunes, Hospital Veterinário de Leiria 19.08.2013 Comemora, a 29 deste mês de Agosto, o seu segundo aniversário. Motivo mais do que especial para darmos a conhecer nesta newsletter o Hospital Veterinário de Leiria. Para além das especialidades e serviços habituais, este hospital dedica-se, também, às espécies pecuárias. Curioso? Leia a entrevista com a Dr.ª Lara Antunes.

A poucos dias de comemorarem o vosso segundo aniversário, o que vos distingue no ramo, em Leiria?

Nem todas as clínicas da cidade têm, por exemplo, a especialidade de ortopedia. E nós, no Hospital Veterinário de Leiria, também nos dedicamos a espécies pecuárias.

Que serviços prestam a esses animais?

Prestamos os serviços habituais aos domicílios. Tratamos de cavalos, vacas, cabras e ovelhas, por exemplo. Depois, tudo o que é imagiologia (desde raio-x a ecografias portáteis), que podemos usar aqui na clínica como fora, nesses domicílios. Na região, há muitas pessoas que têm três ou quatro cabras, duas vacas, etc. Nas complicações decorrentes de um parto, por exemplo, não havia quem chamar. De há dois anos para cá, sabem que podem contar connosco.

Nesta altura do Verão, o abandono de animais tem tendência a aumentar. Qual é o balanço que fazem, este ano?

Ainda ontem vieram pôr-nos uma caixa, à porta do hospital, com dois gatos. Essa foi, infelizmente, a prenda da manhã, mas ao fim do dia conseguimos pessoas que os acolhessem. Ao invés de os enviarmos para o canil da câmara, e antes de os encaminharmos para alguma associação, arranjamos sempre forma de os tentar adoptar.

E há quem vos peça ajuda para adoptar animais, em vez de os abandonarem?

Sim. As pessoas procuram-nos. Tiramos fotografias, colocamo-las no Facebook. Tendencialmente, mais gatos, do que cães.

Qual é a explicação?

A população de gatos está a crescer muito devido à crise. Em termos logísticos, de comida e de cuidados, os gatos são mais económicos.

Dois anos passados, qual será o próximo desafio do Hospital Veterinário de Leiria??

Gostaríamos, como projecto futuro, de ter um gatil para férias, porque na zona não existe nenhum.

Há muitas pessoas a pedirem-nos para ficar com animais nas férias. Não temos estrutura para isso, porque assim o internamento ficava cheio. Há casos pontuais que aceitamos, como o de uma cadela com um traumatismo medular, que tem várias limitações. Quando assim é, aceitamos, porque são animais que necessitam de um acompanhamento diferente.