Entrevista com Dr. Sérgio Faria, Clínica Veterinária de Santo André 14.05.2012 Na Clínica Veterinária de Santo André, os clientes e os seus amiguinhos podem encontrar várias especialidades e um serviço de urgência permanente. Também com atendimento ao domicílio, fica o aviso de que não é o melhor lugar para efectuar tratamentos completos e cómodos. O Dr. Sérgio Faria, de uma boa disposição com sotaque brasileiro, faz uma ponte entre o que é praticado no Brasil, em Inglaterra e por cá nas clínicas veterinárias.

Tirou o curso no Brasil. Há muitas diferenças na medicina veterinária praticada lá e em Portugal?

Não. O que varia é o poder aquisitivo dos clientes. Se as pessoas têm mais dinheiro fazem, se não têm não fazem. É diferente sim em relação a Inglaterra. Estive cinco anos por lá e praticamente todos os animais fazem tratamentos dentários, têm microchip, são esterelizados e castrados quando é necessário e cá já não vemos tanto isso. Às vezes por falta de informação e/ou poder aquisitivo.

Poder de compra é algo que vai faltando cada vez mais em Portugal por causa da crise. A clínica está a sentir os efeitos desta conjuntura?

Para ser sincero, quando assumi a clínica há três anos, estava quase a fechar. Mas estamos aqui, no mercado, e cada vez melhores. Estamos a ir contra a maré. Cada mês que passa está melhor, melhor e melhor.

Dispõem de quantas especialidades? E têm serviço de urgência?

Aqui os clientes podem usufruir de consultas, vacinas, raio-X, análises de laboratório, ecografias, radiologia, salas de cirurgia. Enfim, o que necessitam para que os seus animais de companhia sejam bem tratados. Temos um serviço 24 horas sobre 24 horas. Há sempre alguém de plantão.

O serviço ao domicílio é muito requisitado?

Temos esse serviço e há quem o procure, mas é mil vezes preferível ir ao consultório para evitar muito tempo perdido e ter outra comodidade. No atendimento na casa do animal, por vezes não há uma mesa adequada, é preciso trabalhar no chão, há mais confusão, os animais não nos respeitam tanto, porque estão no seu espaço, e podemos ser agredidos mais facilmente. Depois, a consulta não fica completa: não podemos anestesiar quando for caso disso ou fazer um raio-X, por exemplo.

Costuma tratar também animais abandonados?

Adoro animais abandonados. Bichinhos de rua, carentes. Faço muito atendimento voluntário, cuido muito de animais de rua. Sempre gostei e sempre vou gostar.