Entrevista a Sónia Monteiro, Hospital Casvet, Parede 12.04.2012

Conhece algum gato que viva apenas com um rim? Pois isso pode não ser um problema. O hospital veterinário Casvet, na Parede, orgulha-sede um caso de sucesso, entre outros: uma gatinha a quem os veterinários tiveram de retirar um rim, mas que vive feliz. Este hospital disponibiliza vários serviços e inúmeras especialidades. Uma delas é mais curiosa: a medicina alternativa. A Drª Sónia Monteiro explica-nos tudo.

 

O vosso site é recente e apresenta já vários casos clínicos de sucesso. Há algum que destaque em particular?

 

O caso da Celeste, uma gatinha a quem tivemos de retirar um rim que já estava do tamanho da barriga. O problema foi rapidamente detectado. Agora anda toda feliz, apesar de ter apenas um dos dois órgãos. Esta gata passou por uma cirurgia e pós-operatório complexos. Nela depositámos um grande investimento sentimental, emocional e profissional. Estamos orgulhosos por ser um caso de sucesso.

 

Que outras formas encontram para sensibilizar os donos para certas epidemias e para a atenção que devem dispensar à saúde dos seus animais de companhia?

 

Pomos em prática campanhas bi-mensais. Se Janeiro, por exemplo, foi o mês da medição gratuita da pressão arterial, neste mês de Março, como o hospital comemorou o seu segundo aniversário, esteve aberto a todos os clientes para que conhecessem melhor os bastidores e fizemos um apelo às pessoas para não esquecerem a vacinação dos seus animais. Para esse efeito, até efectuámos um desconto simbólico na vacinação. Depois, Abril e Maio serão meses dedicados à obesidade.

 

Funcionam então como campanhas de prevenção?

 

Sim. A ideia é sensibilizar os donos para estas patologias, o que ajuda a controlar doenças. Temos essa missão preventiva. Queremos alertar as pessoas com esse intuito. Não quer dizer que, por exemplo, a campanha dedicada ao tema da obesidade seja só destinada a animais obesos. É para os magros também, numa óptica de prevenção. Os animais também padecem das patologias dos humanos.

 

Uma das muitas especialidades a que também se dedicam é a medicina alternativa. Os métodos a que recorrem são os mesmos disponíveis para os humanos?

 

A medicina alternativa não é a primeira saída para o tratamento de doenças em estado agudo, mas ajuda a complementar pequenas lacunas, bem como no controlo da dor. Por exemplo, em animais sobrecarregados com princípios ativos, recorremos à homeopatia e à acupuntura.

 

E os clientes estão sensibilizados para os tratamentos de medicina alternativa?

 

Temos alguma procura, mas nem todos os donos querem ou podem investir nestes tratamentos. O certo, é que são muitas vezes eles a sugerir. Temos muito para explorar nesta área e cada vez mais as pessoas têm interesse que os animais façam parte da família durante mais tempo e, por isso, investem mais na sua saúde.