Entrevista à Drª Ana Paula Abreu, Hospital Veterinário de Almada 13.11.2011 O vosso grupo está prestes a abrir um novo hospital. Quando podemos conhecê-lo?

Abrimos ao público no dia 14 de Novembro. O hospital foi construído de raiz, tem uma área útil de atendimento de 1.300 metros quadrados e estará em funcionamento 24 horas sob 24 horas, todos os dias da semana, com isenção de taxas de urgência.

E é o mais moderno da Península Ibérica. Que serviços inovadores podemos encontrar?

O nosso hospital é high-tech sem descurar o conceito friendly em relação aos donos dos animais. Disponibilizamos serviços com tecnologia de ponta: cirurgias a laser, canis e gatis climatizados e formatizados para equipamentos veterinários, sala de cirurgia, tratamentos e reabilitação, internamento veterinário de última geração. Para além disso, apostámos num centro de estética e self-pet care, um serviço adicional que disponibilizamos aos nossos clientes, que poderão utilizar as nossas instalações para tratarem da beleza dos seus animais. E criámos ainda um banco de sangue.

E têm também um banco de sémen. Como é que funciona?

É um projecto que está numa fase piloto, mas já temos alguns criadores inscritos para fazer a conservação do sémen dos seus reprodutores. Há também o caso de criadores que querem conservar o sémen de animais que acabam por morrer, para que tenham futuramente uma descendência. Esperamos que esta iniciativa funcione em pleno brevemente.

Os clientes podem também recorrer ao pet-sitting e, por outro lado, a serviços fúnebres. De que modo?

No primeiro caso, quando os clientes precisam de se ausentar e procuram alguém que preste cuidados aos seus animais de companhia, nós podemos fazê-lo. Dessa forma, podem evitar deixá-los, por exemplo, num hotel. Quanto ao serviços fúnebres, a cremação pode ser individual ou colectiva. Se o dono optar pela cremação colectiva, não fica com as cinzas do animal.

Muitos fazem questão de ficar?

Ainda há cerca de 15 dias houve uma cliente que tinha um cão já com 19 anos, que foi uma grande companhia para o marido falecido já há cerca de um ano e meio. A cliente acabava por ver retratado o marido na presença e na companhia do cão. Daí que, quando este faleceu, devido a complicações cardíacas decorrentes da idade já avançada, optou pela cremação individual. Esperou religiosamente pelas cinzas do seu amiguinho de quatro patas.

E este é um exemplo do conceito de medicina veterinária que nós queremos pôr em prática também neste novo hospital: aproximar a medicina dos proprietários dos animais. Muitos têm também a ideia de que os serviços são muito dispensiosos ou que os veterinários não cuidam dos animais da forma mais adequada e, sobretudo nesta altura de crise, em que o factor monetário pesa na hora de decidir, procuram soluções de qualidade, que não desiludam. Aqui temos o objectivo de disponibizar plataformas low cost com essa qualidade, num grupo estruturado, com serviços de complementaridade e instalações adequadas às necessidades e expectativas dos clientes.