Entrevista com Dr. Henrique Armés, Hospital Veterinário de São Bento, Lisboa 24.01.2011 Há 14 anos a trabalhar em prol dos animais de companhia, a equipa do HVSB domina várias especialidades, garantindo atendimento 24 sob 24 horas. Para além disso, aposta em consultas online e mantém um protocolo com a ACAPO. O director clínico, Dr. Henrique Armés, conhece os cantos à casa e tem uma história muito caricata para contar…
 
São várias as especialidades exercidas no Hospital Veterinário de São Bento. Quais destaca como as mais marcantes no percurso do hospital?
 
Temos um serviço abrangente, como é necessário em qualquer hospital veterinário. As especialidades que têm um maior histórico no hospital são ortopedia e odontologia (medicina dentária) - a minha especialidade e da minha mulher, respectivamente. Somos os mais antigos da casa.
 
Se o nosso animal de companhia tiver algum problema durante a madrugada, por exemplo, o hospital assegura atendimento?
 
Sim, garantimos a permanência de um veterinário durante 24 horas, pelo que todos os donos cujos animais estejam com algum problema podem deslocar-se ao hospital sempre que necessário e a qualquer momento. Não se trata daquele velho conceito de telefonar ao veterinário para ver se ele está disponível para se deslocar à clínica de madrugada. Temos sempre uma pessoa de serviço. Fomos pioneiros nesta matéria em Lisboa. Desde há muitos anos que há sempre alguém de plantão.
 
Para além do atendimento 24 horas disponibilizam ainda consultas online, através do vosso site www.veterinario.pt
 
Este é um exemplo feliz que pode ilustrar as vantagens deste serviço: os donos por vezes ficam alarmados com os sintomas dos seus animais e, via Internet, poderão pedir uma opinião antes de se deslocarem ao hospital; podem mostrar-nos o animal, relatar o que aconteceu, enviar fotografias… Embora não seja ainda uma ferramenta a tempo inteiro, tem tido bastante solicitação e é gratuita.
 
O hospital mantém ainda um protocolo com a ACAPO – Associação dos Cegos e Amblíopes de Portugal. Em que consiste?
 
Entendemos que qualquer empresa tem uma função social. Os membros da ACAPO têm aqui condições extraordinariamente apelativas, com preços adaptados. E, depois, há o apoio aos cães-guia que encaixa que nem uma luva nesta tarefa social que o hospital realiza.
 
São muitos os animais que já passaram pelo HVSB. Qual foi o último episódio mais caricato que ficará certamente na história do hospital?
 
Foi há poucos dias, quando recebemos um porco-espinho encontrado no Príncipe Real, em Lisboa. É uma espécie que não se espera encontrar numa zona urbana. Ele estava um pouco combalido, foi tratado e vai ser devolvido à natureza, uma vez que é um animal selvagem e não faz sentido mantê-lo em cativeiro. Esta é mais uma obrigação social que cumprimos com orgulho e que mostra o papel importante e didáctico que os veterinários têm com os animais e, claro, também com os seus donos.