ENTREVISTA - Clínica Veterinária de Mafra 07.05.2018
De clínica de fim de tarde, nos anos 90, a Clínica Veterinária de Mafra cresceu a todos os níveis: recursos humanos, equipamentos, espaço e atendimento. Comemora 25 anos este ano com mudanças, algumas iniciadas ainda no final de 2017, como conta o Dr. Nuno Palma, nesta entrevista. Há uma máxima, essa que fica sempre: a proximidade com o cliente tem de ser sempre o elemento mais diferenciador. De tal forma que são vários os avisos que a clínica vai fazendo, por esta altura sobre a lagarta do pinheiro e a leptospirose canina. Muita atenção.   
 
A Clínica Veterinária de Mafra celebra 25 anos. Altura de comemorar e fazer balanços...
 
É um marco. O balanço é muito positivo. Começámos como uma clínica de fim de tarde, como eram muitas nos anos 90. Nós, os três sócios, tínhamos outra atividade e abríamos a clínica ao fim da tarde. As coisas foram evoluindo, passámos a abrir à tarde, com veterinários mais novos. Passado alguns anos, abrimos todo o dia. Depois ao sábado, incluindo à tarde. Temos horário praticamente completo já há cerca de 10 anos, desde 2008.
 
Também a equipa foi aumentando? Que mudanças foram acontecendo?
 
Sim, foi crescendo - quatro veterinários, um deles em part-time; um gerente, que sou eu; uma enfermeira e uma assistente a full time e duas assistentes em part-time. Para as urgências, temos um número de telefone e está sempre alguém disponível, de forma rotativa.
 
Os recursos também foram aumentando. A clínica também se alargou, precisamente há dez anos. Tínhamos uma loja contígua que vagou e achámos que era altura de expandirmos o espaço. Acabámos por alugar a loja, que ainda hoje se mantém, e onde funciona o balcão de atendimento e consultórios, sendo que a área mais antiga foi destinada à parte mais hospitalar, internamento, sala de cirurgia, raio-x, laboratório e sala de reuniões, esta para termos um espaço de trabalho mais reservado.
 
Que evolução houve em termos de equipamentos?
 
Ainda no final de 2017, investimos em novos equipamentos para fazer iões e ter um painel de bioquímica mais completo. Também substituímos o equipamento de regulação digital por um mais moderno e com software mais recente. Temos vindo a melhorar o equipamento, para termos a possibilidade de aumentar o leque de análises e exames complementares disponíveis.  
 
Temos raio-x de regulação digital, um laboratório relativamente bem equipado, análises de sangue, hemograma, telescópio, centrífuga, estufa...
 
Que serviços destaca? Quais os mais diferenciadores?
 
Aquilo que entendo que é mais diferenciador é precisamente o serviço enquanto relação com os clientes. Temos uma forma muito particular e muito próxima de lidar com os clientes e pretendo, no dia-a-dia, que seja esse o nosso principal elemento diferenciador. 
 
Exemplo disso é que temos procurado expor alguns casos clínicos no nosso site, com experiências que achamos que são interessantes para a nossa prática e que gostamos de partilhar, sempre que possível numa linguagem que as pessoas possam entender. É uma das nossas preocupações: ter os procedimentos sempre presentes e próximos do seu animal de companhia, explicar tudo o que fazemos de uma forma que as pessoas compreendam, fazer chegar-lhes uma informação mais especializada.
 
Temos, inclusive, na nossa base de dados, informações simples e com uma linguagem simples, mas o mais explícita possível de determinado tipo de problemas que os animais possam ter e que fazemos chegar aos clientes por e-mail.
 
De resto, temos os serviços normais que a maioria das clínicas ou mesmo a maioria dos hospitais tem.  No internamento, há um seguimento dos animais que foram operados ou que precisam de estar vigiados.
 
Para oftalmologia e outro tipo de especialidades, recorremos a serviços externos de colegas com quem temos protocolo, que colaboram connosco e se deslocam às nossas instalações.
 
Quando entramos no site da Clínica Veterinária de Mafra surge, por esta altura, logo um aviso para a lagarta do pinheiro. É altura de reforçar a atenção?
 
Sim, normalmente agora nos meses de janeiro, fevereiro, março.. Já tivemos, este ano, duas situações críticas, logo a meio de janeiro. O clima e o tipo de temperaturas que têm feito, a falta de chuva, são fatores de alerta.
 
Outro aviso tem que ver com a leptospirose canina. O que é, como se apanha e há contágio para os humanos?
 
É uma infecção bacteriana, que não direi que seja muito frequente, mas em zonas semi-urbanas ou rurais é mais comum. Apanha-se através dos ratos. Entre os humanos, aqueles alertas sobre a limpeza dos refrigerantes em latas, antes de abrir, tem a ver com isto. É uma infeção bastante grave e difícil, muito difícil de controlar. Por isso, a prevenção é mesmo o mais importante. Nas vacinas multivalentes que administramos está incluída uma valência para esta doença. É importante que todos os animais façam a prevenção anualmente. 
 
Procuramos alertar as pessoas e, principalmente, aquelas que têm animais em quintais, em zonas onde há ratos. Uma vez que os animais a contraem é muito difícil de combater, mesmo com antibióticos e afeta de uma maneira geral todos os órgãos. A taxa de mortalidade é muito elevada e é contagioso para os humanos.
 
Com 25 anos de história, de grande experiência e inovação ao longo do tempo, há algum projeto para 2018?  
 
O objetivo, para este ano, é projetar a marca dos 25 anos, que foram sempre a crescer. É um marco importante, queremos dar algum destaque, não só em termos de imagem corporativa, como também de algum retoque na imagem do espaço da clínica, pelo menos da recepção e da montra. Já estamos a trabalhar nisso, já temos propostas para reformular a imagem. É importante aproveitar estes 25 anos para um restyling.