ENTREVISTA - Clínica Veterinária Anadia 16.01.2017 Há 19 anos de porta aberta, a Clínica Veterinária Anadia está a ser liderada há um ano pela Dr.ª Rita Soraia Campos que embarcou num desafio inesperado, numa casa que já conhecia há anos. Com nova imagem, esta clínica parte para 2017 com o pé direito. Saiba porquê e, se tem animais, aproveite para ficar a par da importância da geriatria...

Conte-nos resumidamente a história desta clínica que, sabemos, já está a funcionar há muito tempo...

Não estou cá desde o início, mas de facto abriu em 1998 com outros veterinários. Em 2001, foi comprada por uma sociedade, para onde entrei como funcionária durante oito anos. Em março do ano passado a clínica saiu do grupo que integrava e eu fiquei com ela. A enfermeira veterinária Angela está comigo. Mudámos a imagem e implementámos várias alterações.

O que mudou nesta nova etapa?

Uma das preocupações foi manter clientes e captar novos. Tentámos procurar um tipo de relação mais próxima com o cliente mais conhecido, com base na confiança. Estamos num meio mais pequeno, é importante as pessoas saberem que sabemos o nome do animal e do dono, por exemplo. Temos também serviços de que não dispúnhamos até então. Continuamos, sempre que precisamos, a trabalhar com os hospitais de referência do antigo grupo. Seja como for, dispomos na nossa clínica já de cirurgias, acompanhamento e outros meios de diagnóstico que nos últimos três anos não eram feitos aqui.

Que serviços/especialidades destaca?

A grande fatia da clínica é medicina interna. Os tecidos moles também são uma área diferenciadora e temos também um colega que trabalha em parceria connosco para prestar cuidados a animais exóticos. É uma mais-valia, a procura é maior e não há muitos colegas a fazê-lo no centro interior do país.

Outra das especialidades que vemos destacada no vosso site é a geriatria. Em que consiste e que recomendações devem os donos seguir?

Essencialmente devem ter noção que os animais, tal como as pessoas, envelhecem, passam a requerer controlo mais frequente, quer em termos de análises, que de consultas de rotina. E envelhecem mais depressa do que as pessoas. Há donos que não se apercebem que eles não fazem análises há alguns anos, que a dor articular nem sempre se manifesta, que é preciso ir controlando a audição e a visão. É importante os donos estarem alerta para saberem lidar com estas questões da melhor forma.

Tendo passado um ano em que está à frente da clínica, que balanço faz de 2016?

Bastante positivo, sem dúvida. Foi uma situação um bocadinho diferente, inesperada. Apesar de estar aqui há muitos anos, não estava previsto liderá-la. Mas foi com grande expectativa que assumi a decisão. Estou muito feliz com a evolução e com o crescimento da clínica, bem como com o feedback dos clientes, alguns que se mantiveram na transição e outros que vieram conhecer-nos e ficaram.

Assim sendo, quais as perspetivas para este 2017 que acaba de arrancar?

Continuar a crescer, claro, e aumentar os meios complementares de diagnóstico, investir em mais meios, como ecografia, que não temos aqui. Também queremos ter mais equipamentos para prestar serviço mais especializado sem ter de recorrer a outros. Não temos pretensões de ter todos os serviços de um hospital de referência, mas queremos aumentar as nossas qualidades. De qualquer modo, é preciso fazer ver os donos que, à semelhança da medicina humana, não se faz tudo no mesmo sítio.