ENTREVISTA - Clínica Veterinária MinhoVet, Ponte da Barca 19.10.2015 Há pequenos grandes pormenores que fazem toda a diferença. Lembra-se dos médicos veterinários à antiga que enviavam cartas postais a avisar que o seu cão ou o seu gato precisava de levar vacinas ou fazer a desparasitação? Pois bem, em Ponte da Barca isso continua a acontecer, não fosse a MinhoVet uma clínica de proximidade que preserva o hábito do correio e dos domicílios. O Dr. Jesus Molinero conta tudo com gosto...

A MinhoVet tem quase 20 anos de história. Como é que tudo começou?

Em 1998. A clínica já existia, mas da parceria entre dois veterinários desenvolveu-se até ao que é hoje. O balanço é muito positivo, resultante de um trabalho de muitos anos. A clínica tem-se mantido em boas condições e em termos laborais também, com uma faturação crescente. Somos cinco profissionais.

Estando localizada em Ponte da Barca, podemos dizer que é uma clínica de proximidade que atenta às especificidades da região?

Sim, é a típica clinica dos veterinários antigos que fazem tudo, incluindo tratar de grandes animais. Há quem nos chame para ir ver um porquito, uma vaca, um vitelo ou uma cabra. Mas hoje em dia não é o grosso do trabalho. 90% são cães e gatos.

Na clínica ou através de domicílios?

Sim, na clínica em Ponte da Barca. E também no consultório na vila de Arco de Valdevez, a cinco quilómetros, onde fazemos outro tipo de serviços mais simples, como vacinas, consultas de rotina, pequenas cirurgias.

Quanto aos domicílios, a nossa carrinha é muito requisitada, quer para consultas mais simples e vacinações, quer como dog taxi, quando os donos não têm como transportar os animais, até para os banhos e tosquias. A região tem muitas freguesias e é rural. Esta é uma clinica rural e, se o serviço foi pensado inicialmente como uma ambulância, a verdade é que permitiu-nos ter uma série de valências e dar resposta às necessidades e à satisfação dos clientes.

Têm Facebook. A comunicação com os clientes é feita essencialmente por aí? O site é um projeto a desenvolver?

A verdade é que temos clientes há muitos anos e ainda preservamos o contacto pessoal e personalizado, por carta postal a lembrar que a vacinação deve ser feita em determinada altura, por exemplo. E temos um feedback muito bom com isso: os clientes agradecem o lembrete, ligam para cá e agendam a consulta.

No caso dos clientes mais jovens, enviamos sms ou e-mails, mas ao contrário do que se possa pensar a Internet para esta povoação não é uma prioridade nem para informação nem como forma de contacto. Funcionamos à moda antiga e assim funcionamos muito melhor. Todos os meses consultamos o ficheiro que temos, avaliamos os casos mais prementes e enviamos as cartas que for preciso.