Entrevista com a Drª Liliana Antunes, do Centro Veterinário Fauna da Beira, Carregal do Sal, Viseu 26.11.2014 Dentro de dois meses, o Centro Veterinário Fauna da Beira celebra dois anos de existência. Altura para balanços e algumas novidades. A Drª Liliana Antunes conversou com a AnimaDomus e contou-nos que 2015 deverá estrear com uma nova página da Internet desta clínica, que vai reforçar, entretanto, a equipa. São de ouvir, também, os importantes conselhos que os donos devem seguir, agora que o frio começa, para proteger os seus animais de companhia...

Quase dois anos depois da abertura, que balanço de atividade faz o Centro Veterinário Fauna da Beira?

É bastante positivo, porque quando chegámos aqui a carteira de clientes era zero e, neste momento, já temos um número considerável de clientes. As pessoas que vieram a primeira vez, voltaram. Tem sido trabalho difícil, mas estamos a colher frutos.

Já têm Facebook, mas ainda não têm uma página na Internet. É um objetivo para 2015?

Temos o nosso site pronto, já. Só não temos a página a funcionar. Mas pretendemos que arranque no início do próximo ano.

Do leque de serviços habituais que apresentam aos clientes, desde a vacinação e a desparasitação, que outros destaca?

Tentamos fazer um bocadinho de tudo na clínica, à excecão da ortopedia. Dispomos de análises clínicas, raio-x digital (que consiste num revelador digital, como se fosse uma impressora, com o resultado a sair numa imagem digitalizada), bem como anestesia volátil (a mais moderna, que a maioria das clínicas já possui, hoje em dia) e cirurgia, entre outros serviços. Tentamos sempre que o cliente possa sair daqui com um diagnóstico e não tenha de se deslocar a outro sítio, salvo para obter uma segunda opinião.

A clínica situa-se num meio rural. Possui serviço de urgência e ao domicílio?

Sim, ambos. O serviço de urgência consiste numa primeira triagem via telefone e, depois, mediante a avaliação, encaminhamos o animal para a clínica. Os serviços ao domicílio também são requisitados, pelas características da localidade em que nos encontramos, como não há muitos transportes. Temos clientes com alguma idade, que não têm carro próprio, pelo que a nossa deslocação se torna uma mais-valia.

Quantas pessoas constituem a equipa do Centro Veterinário Fauna da Beira?

Neste momento, somos duas. Mas, entretanto, seremos três. Por acréscimo de trabalho e porque a outra colega vai entrar em licença de maternidade. A terceira pessoa irá, numa primeira fase, substituí-la, mas depois continuará connosco.

Começou, mais a sério, o tempo frio. É importante que os donos protejam os seus animais de companhia das condições atmosféricas mais adversas. Que conselhos poderá dar-lhes?

É preciso ter especial atenção aos animais que têm problemas nas articulações. O frio não é muito amigo deles. Em Carregal do Sal, e em toda esta zona, como estamos num meio mais rural, há muitos animais que estão no exterior das habitações e sabemos que os cuidados com os animais de companhia não são, por vezes, os melhores. Os animais devem ter protetores e uma boa condição corporal. Para isso, não devem ser expostos a diferenças bruscas de temperatura, nem fazer exercício em demasia.

E no caso dos animais que estão dentro de casa?

O maior cuidado deve ser com as diferenças de temperatura. Muitas vezes estão junto à lareira ou ao aquecedor e pouco tempo depois vão à rua fazer necessidades, com frio, a chover. E isso não é bom. Atenção, ainda, aos problemas respiratórios.

O facto de passaram mais tempo na rua, nesta altura do ano, pode causar mais problemas de saúde?

Não é só o fator interior/exterior que influencia. Há também, a considerar, os fatores idade, raça, alimentação... Um animal que sempre esteve no exterior não vai ter problemas só devido às diferenças de temperatura (a não ser que se verifique uma descida abrupta), porque, à partida, tem um organismo que acaba por se adaptar. A alimentação é extremamente importante. E prestar atenção aos sinais e sintomas de que algo pode não estar bem.